O QUE A LEI DIZ?

Se condenado por crime de estupro, Guyzelh Ramos pode ficar até oito anos preso

FOTO: Reprodução/Instagram
Guyzelh Ramos é acusado de estupro
Segundo o Código Penal Moçambicano, o influenciador digital de 36 anos pode ser preso caso seja provada a sua culpabilidade no crime. Até o julgamento, que ele deverá aguardar em liberdade por ter pago uma caução de um milhão de meticais, não pode sair da Cidade de Maputo sem autorização nem entrar em contacto com a vítima.

O empresário, produtor e influenciador digital Guyzelh Ramos foi posto em liberdade provisória na tarde de ontem (21) depois de pagar uma caução astronómica de um milhão de meticais.

Ele havia sido detido na madrugada do último sábado (18), na Cidade de Maputo, tendo permanecido durante todo o final de semana na 8ª Esquadra da Polícia da República de Moçambique, até ser levado à Procuradoria-Geral da República na segunda-feira seguinte (20), onde se deu a legalização da sua detenção.

De segunda-feira até ontem, Guyzelh esteve na Cadeia Central, vulgarmente chamada de BO, que é a prisão de maior segurança do país.

Sobre o influenciador pesa o crime de violação sexual, ao qual foi autuado há exactamente dois anos, ou seja, em Março de 2021.

Na altura, com o crime ainda sob investigação, ele teria driblado a justiça e de seguida viajado para Angola, onde fixou residência e casou-se nos últimos dois anos.

Guyzelh só teria voltado a Moçambique pela primeira vez na semana passada, para estar à frente de um espectáculo de música que contou com actuações de artistas angolanos, sul-africanos e moçambicanos.

A soltura de Guyzelh não significa que o crime será esquecido.

Segundo o mandato de soltura, que é assinado pela juíza Ludovina Florbela Marcelino David, Guyzelh não pode se ausentar do país nem da Cidade de Maputo sem uma autorização judicial, não pode igualmente entrar em contacto com a vítima, e o seu passaporte fica apreendido pelas autoridades.

 

A lei

Segundo o Código Penal Moçambicano, no Artigo 399 (Violação), que consta na Secção II (Atentado ao Pudor, Estupro Voluntário e Violação), se for condenado, Guyzelh pode ter uma pena de prisão maior de dois a oito anos.

“Aquele que tiver cópula ilícita com qualquer mulher, contra sua vontade, por meio de violência física, de veemente intimidação, ou de qualquer fraude, que não constitua sedução, ou achando-se a mulher privada do uso da razão, ou dos sentidos, comete o crime de violação, e terá a pena de prisão maior de dois a oito anos.”

O DJEKAR ouviu alguns especialistas em direito criminal em Moçambique, que dizem que, devido ao apelo mediático do caso, a justiça moçambicana não poderá mostrar a sua crónica falta de celeridade em lidar com os processos, não tardando a marcar a data do julgamento.

Com isso, em até dois meses poderá ser feito.

Guyzelh e os seus advogados deverão, até lá, construir um processo de defesa forte, no qual se concentrem em fragilizar a narrativa da vítima que, ainda segundo os especialistas ouvidos, deve ser uma pessoa que, assim como o próprio acusado, faz parte das altas rodas da sociedade moçambicana.

Mandado de soltura de Guyzelh Ramos (FOTO: Reprodução/Twitter)

COMPARTILHA

O Código Penal, no Capítulo V (Crimes contra a Honra, Difamação, Calúnia e Injúria), no Artigo 413 fala sobre o crime de Difamação.

Se condenado pelo crime de difamação contra MC Roger, Zebito pode ser preso

Puto Aires abriu o coração para falar da zanga que muitas influencers têm dele, pelas mensagens críticas e de aconselhamento que sempre deixa para os jovens.

Puto Aires sai de férias e dispara contra as influencers: “Essas que andam a zangar”

Esta semana, um dos assuntos que mais tem levantado fervura nas redes sociais é o término da relação de Maira Santos e Márilin Ferreira.

É estranho estarmos a discutir o término de uma relação antiga de Maira Santos

A transmissão do CAN 2023 pela TV Miramar trará ganhos qualitativos e quantitativos ao evento.

Anúncio da transmissão do CAN 2023 pela TV Miramar já é a melhor notícia do ano

Comentários

Política de comentários

Este espaço visa ampliar o debate sobre o assunto abordado na notícia, democrática e respeitosamente. Não são aceitos comentários anônimos nem que firam leis e princípios éticos e morais ou que promovam atividades ilícitas ou crim.

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *